terça-feira, 2 de setembro de 2008

Nos vôos próximos a janelas

Em dias de versos persistentes,
afeiçoa-se em poesias exasperadas
uma expressão de clamor partida do meio.

Dizeres frívolos não respaldam o quanto te amam,
realize seu sabor com mais toques, mais olhares.

Como o primeiro ardor trazido sem heranças
eu quero amanhecer com meia dúzia de borboletas
e escurecer a certeza de todo fim que se aproxima.

Quem não merece lembrança, esqueceu se fazer notado.
Ignoro-os mais um pouco e em nada me pesa a vida.

Mas se rejeitado, refino a matéria pouca de que sou feito,
respiro menos ar e menos lágrimas prometo espalhar.

Antonyus Pyetro

26/08/08

Um comentário:

Unknown disse...

...e escurecer a certeza de todo fim que se aproxima.

Qual mortal não tem este desejo ?!?

Laura.