quarta-feira, 25 de junho de 2008

Rodas d'areia

Toda poesia do vento sem rumo
sopra agonia no silencio do deserto;
Toda nostalgia sucateada
ganha da alegria manifestada.

Lindas flores secas despetala o tempo,
corro e admito necessidades pueris.
Não precipito meus versos,
invisto em cada um uma costela.

A multidão que me persegue
pisoteiam os meus frascos,
perfumes tirados de sangue.

Não sou nativo do deserto,
só lacrimejo minha areia.


Antonyus Pyetro

07/03/08